Os efeitos do covid-19 no mercado

O mundo dos negócios vive um momento de caos. De segunda-feira até quinta-feira, a Ibovespa em São Paulo, a principal bolsa de valores do pais, teve que acionar quatro vezes o mecanismo de circuit breaker, medida de defesa da bolsa para impedir que as ações caiam bruscamente além de patamares abaixo do razoável

O fato é que o mercado financeiro está instável em todo o mundi. Além do impacto no Brasil, as bolsas dos países europeus como Alemanha, Inglaterra, França e Espanha caíram mais de 10%. Como resultado desse tsunami, muitos investidores estão vendendo suas ações a preços baixos e procurando garantias para realocar recursos, à espera de que a situação se normalize.

Com o surto do Covid-19, diversas empresas da área de higiene pessoal, como fabricantes de como álcool em gel, máscaras faciais e lenços de papel, aumentaram drasticamente os seus preços, confirmando o ditado popular que diz que quanto maior a demanda, maior é o preço. Pegando carona no momento de descontrole da economia mundial, diversas empresas estão se aproveitando da situação para vender seus produtos com mensagens de pânico e espalhando preocupação entre seus clientes. Tanto é assim que o Facebook está atuando em suas redes sociais para retirar propagandas desse tipo.

Fora essa questão da hiperinflação de produtos higiênicos, o mercado internacional está sofrendo muitas quedas em diversos setores importantes. Grande parte essas quedas está relacionada ao mercado chinês, uma vez que é o principal parceiro econômico de diversos países.

A produção manufaturada está em queda. Isso é uma reação à rápida transmissão do vírus. As principais economias afetadas nesse setor são dos países próximos da China, como Coréia do Sul, Vietnã e Singapura.

 A contratação de serviços de um modo geral também está em baixa. Com a alta de infectados pelo vírus, serviços como restaurantes e supermercados sofrem o impacto do desaparecimento dos consumidores, recolhidos em suas casas nas principais cidades da Ásia e Europa. A situação também começa a afetar diretamente os Estados Unidos, cuja parte significativa da economia depende dos produtos chineses.

Fora isso há um outro componente crucial para entender a crise do momento: a variação do preço do petróleo. O valor do barril caiu  muito após uma divergência entre a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e a Rússia, o que acabou provocando uma reação em cadeia nas bolsas de todo o mundo. Com a comercial aliada ao medo do avanço do Covid-19,  o mundo está paralisado, à espera de respostas do que pode acontecer. Menos mal é que as notícias que agora chegam da China dão conta de uma reversão dos casos de contaminação, o que pode reduzir os efeitos da pandemia anunciada pela Organização Mundial de Saúde. Até que a Ciência e a Medicina possam, enfim, descobrir a cura para o novo mal do século.