CARMO DO RIO CLARO GANHA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL

Às margens do Lago de Furnas, no Sul de Minas, a pequena Carmo do Rio Claro – com pouco mais de 21 mil habitantes, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística(IBGE) para 2019 -, dona dos encantos naturais da região rica em água, montanhas,gastronomia, cultura, religiosidade e história -, se prepara para fortalecer o setor do turismo.Impactados pela crise econômica desencadeada pelo Covid-19, os empresários do setor sejuntaram para formar a Associação de Turismo de Carmo do Rio Claro. Sem ns lucrativos, a entidade pretende atuar em parceria com o poder público municipal e a Associação Circuito
Turístico Nascente das Gerais e Canastra, do qual a cidade faz parte. De acordo com a diretora da Associação de Turismo de Carmo do Rio Claro, Marly Lemos, apesar do grande potencial a cidade pouco explora o turismo e a fundação de uma associação
era uma ideia antiga que tomou força a partir da pandemia. “Estávamos muito desgarrados uns dos outros, cada um trabalhando por si. O Covid-19 mostrou que precisávamos estar juntos. A cidade é pequena, sem aglomerações, então podemos oferecer uma condição de segurança para os turistas, mas temos que comunicar isso. Tivemos poucos casos, a situação está controlada e agora esperamos o decreto da Prefeitura para aumentar a nossa capacidade de atendimento para 40% do total”, explica
Marly Lemos. Com sede no Portal da Cidade, os próximos passos são criar uma identidade de destino, criação de um slogan e mascote que represente a cidade. Para a escolha da mascote será feito um concurso com a participação da população. O objetivo de longo prazo é elevar a taxa de ocupação dos meios de hospedagem, injetar capital na economia e, consequentemente, aumentar a arrecadação de ISS para o município. “Já estávamos com uma ocupação média baixa antes da pandemia. Muitas pessoas ainda não enxergam o potencial econômico do turismo na cidade, cando ligadas apenas nas atividades tradicionais, especialmente o agronegócio do café e do leite, que são as bases da nossa economia. Queremos mostrar que uma coisa não exclui a outra. O chamado turismo de experiência é justamente isso, as pessoas querem saber a história do lugar, como as coisas são produzidas, podemos oferecer tudo isso aqui”, avalia a diretora da Associação.

Atrações – Os passeios náuticos são os atrativos mais procurados na região. Com 221 quilômetros quadrados de espelho d’água, Carmo do Rio Claro tem a maior superfície navegável entre as cidades que estão ao redor da represa. Essa riqueza também tem reexos sobre a gastronomia da cidade, que além de produtos e pratos típicos da culinária mineira, apresenta iguarias feitas com peixes frescos, servidos em forma de lé ou inteira, como a tilápia assada, a traíra desossada, o tucunaré e o lezinho de Lambari. Outros destaques gastronômicos são os pratos de origem árabe e os doces de frutas esculpidos. Para os mais aventureiros, a Serra da Tormenta oferece rampas naturais para os praticantes de voo livre, como asa-delta e paraglider e sedia etapas de campeonatos brasileiros e internacionais destes esportes. “Temos atrativos para dos mais aventureiros até os que querem apenas descansar e ver um belo por do sol. Somos a cidade do tear manual e também de uma religiosidade muito expressiva. A viagem de Belo Horizonte demora em torno de quatro horas e meia e a pessoa pode vir de carro com conforto pela Fernão Dias, garantindo a biossegurança da sua família”, completa a empresária.